Essa é uma pergunta que divide os profissionais.
Na opinião de Lara Field, especialista em doença celíaca do Centro de Doença Celíaca da Universidade de Chicago (EUA), a substância é prejudicial mesmo para quem não tem a doença. “Boa parte das pessoas no mundo apresenta algum tipo de sensibilidade ao glúten”, afirma. A nutróloga Tamara Mazaracki, do Rio de Janeiro, também acredita que retirar o glúten da alimentação aumenta a qualidade de vida tanto dos celíacos como daqueles que não sofrem com o problema. “Cerca de 80% dos americanos (e provavelmente brasileiros, franceses ou japoneses) têm o gene para sensibilidade ao glúten, que pode aparecer em diversos graus, do mais leve ao intenso, e em qualquer época de nossa vida”, explica Tamara. Mas nem todos os especialistas concordam com esse ponto de vista. “Não existem evidências científicas fortes para dar suporte à teoria de que evitar glúten faz bem à saúde”, afirma a americana Tricia Thompson, pesquisadora e consultora de nutrição especialista em doença celíaca e autora do livro The Gluten-Free Nutrition Guide (Guia da Nutrição Livre de Glúten). A nutricionista Vanderlí Marchiori, secretária-geral da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva, também não é a favor da exclusão da substância para pessoas que não têm a doença. “O glúten é uma fração proteica de alguns cereais que oferecem muitos outros nutrientes, como fibras e vitaminas – principalmente do complexo B, portanto, não deve ser banido da alimentação sem que haja uma necessidade real.”
Fonte: menshealth.abril.com.br
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